tag:blogger.com,1999:blog-84356758575931410702024-02-06T22:37:00.628-08:00Constitucionalidade em númerosAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/14573858474979024494noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-8435675857593141070.post-37861382739368245382013-03-05T10:55:00.000-08:002013-03-05T12:36:43.955-08:00Bancos e ação civil pública: a visão do STF - 1ª parte<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Quanto mais metodologicamente organizado é o estudo do processo constitucional mais perceptiva é a sua regulação por normas jurisprudenciais, com especial destaque para as criadas pelo STF. Identificar e analisar tais normas ajuda o advogado a deliberar estratégias postulatórias na busca da melhor solução do caso que lhe é confiado. Auxilia o uso consciente da sua <i style="mso-bidi-font-style: normal;">capacidade postulatória constitucional</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="Section1">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;"><div class="Section1">
<a name='more'></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
Essa é a motivação para a análise aqui proposta das decisões do STF sobre as ações civis públicas (ACP) movidas contra bancos. O estudo nada mais faz do que testar o método de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">análise empírica de grupo de decisões</i>, que pode propiciar ao advogado uma ferramenta de controle racional das decisões num setor regulatório específico. <o:p></o:p></div>
</span><br />
<div class="Section1" style="text-align: justify;">
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">O resultado da pesquisa é o repertório de normas jurisprudenciais identificadas. Isso em si não é relevante, se não é dada a importância a como o alcançamos e o que fazemos com ele. Observá-lo do ponto de vista da argumentação constitucional como técnica de deliberação postulatória é o que releva. Quais as estruturas e formas argumentativas usadas para se chegar às normas? São normas consolidadas ou passíveis de alteração? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">É possível identificar em sua construção elementos teóricos aplicados ou testados? É recomendável insistir em peças processuais que contrariem as normas identificadas? O STF aplicou fundamentos da teoria constitucional material e processual? Como lidou com os problemas concretos do setor bancário? Perguntas voltadas ao processo decisório judicial <i style="mso-bidi-font-style: normal;">in action</i>, com vista a identificar a sua estrutura argumentativa, e parte disso para reconstruir, indutivamente, a práxis do processo constitucional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Esse ensaio não pretende respondê-las, mas prepará-las para tanto, ao apresentar o rol das normas identificadas, com a descrição quantitativa e minimamente qualitativa dos dados obtidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #215868; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Dados da pesquisa <o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">O universo da pesquisa são os acórdãos do STF que fundamentam a (in)admissão do recurso extraordinário (RE) em ACP ajuizada contra bancos. Essa é a população<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[1]</span></span></span></span></a>. Todas as decisões analisadas trazem razões jurídicas capazes de ativar ou obstar a jurisdição constitucional estrita<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[2]</span></span></span></span></a>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Não analisamos todas as decisões, mas uma amostra<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[3]</span></span></span></span></a>. A seleção da amostra atende a certas regras para que os casos escolhidos representem o universo estudado, por conter as suas características básicas. Buscamos tais regras na estatística<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn4" name="_ftnref4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[4]</span></span></span></span></a> e as aplicamos para delimitar as decisões a serem analisadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Tomamos como base a “pesquisa de jurisprudência”<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn5" name="_ftnref5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[5]</span></span></span></span></a> do STF. Foram lançadas as palavras-chaves “banco” e “ação civil pública”. Primeiro, assinalamos a pesquisa de acórdãos, para a qual sobrevieram 27 registros, e depois de decisões monocráticas, com 216 registros. A análise se restringe aos acórdãos. Privilegiamos as decisões colegiadas, pois deixam mais a vista o consenso e o dissenso. Dentre os 27 acórdãos, afastamos decisões que não resolviam a (in)admissibilidade do RE e as que não diziam respeito à ACP contra bancos. Ficaram 14 acórdãos. Como duas decisões se referem ao mesmo RE, proferidas em recursos distintos, então ficamos com a mais remota. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">A amostra<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn6" name="_ftnref6" style="mso-footnote-id: ftn6;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[6]</span></span></span></span></a> tem então 13 acórdãos elaborados entre 19/10/2000 e 10/10/2012.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLVG4i-dTDhG3bHCkjOdqjPvORyxUV_iidvHxEG2sVJj-iAVuNDCKZi7aUsGWwnrjTb3_Ua2d66tGnuhPxUwdps5cpipzB5Ga17c1eGu56lhFz_glbEwivgmBjeXprK_ZrjzTYbAxsRECq/s1600/Tabela+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" jsa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLVG4i-dTDhG3bHCkjOdqjPvORyxUV_iidvHxEG2sVJj-iAVuNDCKZi7aUsGWwnrjTb3_Ua2d66tGnuhPxUwdps5cpipzB5Ga17c1eGu56lhFz_glbEwivgmBjeXprK_ZrjzTYbAxsRECq/s1600/Tabela+1.png" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Ao observar o objeto debatido, verificamos traços comuns das lides. Foi então que classificamos os problemas concretos segundo as espécies de serviços bancários (FORTUNA, 2008, p. 144). Apenas em alguns casos a problemática não trata de tais serviços, lida com a relação de trabalho, envolvendo, por exemplo, problemas de segurança laboral. As lides discutidas são atinentes ao direito administrativo, trabalhista e consumidor, deduzidas com pretensão de violação direta da Constituição. Em nenhuma delas, é interessante dizer, a controvérsia diz respeito à interpretação ou aplicação constitucionalmente adequada, especificamente, de normas provenientes do sistema regulatório bancário, conforme mais adiante discutiremos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"></span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwPSJgBnj-3VLL2f3KFx-Bj7v5JlD50Ogxw97-nSEGXJKFZnKXUiFAHuZqe__uqhep2BsGMKaeReKlRumQ5yzcQXOmsbYJXuXJSRZHfVMY9CT2JvGabl8p8RvVByCvQrKjqe-HwgSyfv8S/s1600/Tabela+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" jsa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwPSJgBnj-3VLL2f3KFx-Bj7v5JlD50Ogxw97-nSEGXJKFZnKXUiFAHuZqe__uqhep2BsGMKaeReKlRumQ5yzcQXOmsbYJXuXJSRZHfVMY9CT2JvGabl8p8RvVByCvQrKjqe-HwgSyfv8S/s1600/Tabela+2.png" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 70.9pt; text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Colhemos alguns dados relevantes. Subdividimos as decisões em 3 grupos: (a) as proferidas em julgamento do RE; (b) em recursos tendentes a acionar o STF por RE; (c) e os tendentes a alterar a decisão em RE´s. No primeiro grupo, a questão decidida, porque foi decidida, pressupõe tratar-se de problemática passível de desencadear a jurisdição constitucional. O segundo grupo identifica decisões em recursos intentados após a inadmissibilidade dos RE´s, como, por exemplo, o agravo regimental; nesses recursos, os postulantes trazem razões para demover a admissibilidade. O terceiro grupo indica decisões tomadas em recurso interposto após o conhecimento do RE, portanto tendente a modificar o seu resultado; mesmo aqui, se o RE foi conhecido, qualquer que seja o seu resultado, implica que a controvérsia ativou a jurisdição constitucional; logo, justifica ser analisada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">A partir dessa subdivisão, observamos que o STF admitiu o RE em 6 casos e em 7 não. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilpvYO8TV_228jRZbsdXcOfMsWzRY5aIEqIqEvzK_Iv1kpa9V5h8k6AbLE3rL6VI0X1iqakXZ96IM7oq3E02F2Or8t7kYiw1yq-xw4FYPLXQGmU8pVY06MnbBT8xQZ0pldVAsJUhrugM20/s1600/Tabela+3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" jsa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilpvYO8TV_228jRZbsdXcOfMsWzRY5aIEqIqEvzK_Iv1kpa9V5h8k6AbLE3rL6VI0X1iqakXZ96IM7oq3E02F2Or8t7kYiw1yq-xw4FYPLXQGmU8pVY06MnbBT8xQZ0pldVAsJUhrugM20/s1600/Tabela+3.png" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"></span><br />
<div class="Section2">
</div>
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><div clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: always;">
</div>
</span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Todas as decisões, com exceção de dois casos<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn7" name="_ftnref7" style="mso-footnote-id: ftn7;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[7]</span></span></span></span></a> foram unânimes. Apenas em duas oportunidades<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn8" name="_ftnref8" style="mso-footnote-id: ftn8;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[8]</span></span></span></span></a> foram julgadas a favor dos interesses bancários, o que representa 15,38%. Nos demais casos, o benefício recursal foi dos legitimados ativos (84,62%). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #365f91; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Discussão dos resultados <o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Os dados colhidos revelam que, na visão do STF, com base na amostra analisada, o controle difuso de constitucionalidade nas ACP´s movidas contra bancos tem se prestado a ativar, com sucesso em uns casos e em outros não, a competência do STF para resolver <i style="mso-bidi-font-style: normal;">questões constitucionais essencialmente processuais e não substanciais</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Esse dado é relevante, pois indica que, ao menos na seleção jurisprudencial do STF, inexistem decisões de mérito das ACP´s movidas contra as instituições bancárias. De duas uma: ou a seleção não atendeu ao grau de relevância como critério de escolha dos julgados, ou o STF não decidiu controvérsias meritórias em ACP contra bancos. Acreditamos mais nessa última hipótese.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Em percentual elevado, as questões foram decididas a favor dos interesses dos legitimados ativos (84,62%), para resolverem em seu benefício entraves processuais que obstam o processamento da ACP até a pronúncia de mérito. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Esse dado revela ainda existir uma zona de controvérsia ou resistência acerca dos limites de atuação dos legitimados ativos, especialmente do Ministério Público, na discussão de conflitos sociais desafiáveis por ACP. De um lado, há a resistência dos bancos em admitir a atuação dos legitimados ativos na defesa de direitos e interesses coletivos em dados conflitos, ou interesses individuais homogêneos que afetem diretamente os serviços bancários. De outro lado, os legitimados ativos marcam presença, testam a todo instante os limites de sua atuação na proteção do coletivo afetado por serviços bancários ou pela relação viciada de trabalho. No centro, o STF tende a prestigiar o fortalecimento da ACP como garantia ou remédio constitucional de defesa coletiva de direitos fundamentais passíveis de violação nas relações jurídicas atinentes ao setor bancário, em especial à proteção do consumidor, ao patrimônio público e às relações de segurança, ambiente e saúde laborais. Essa percepção ganhou força especialmente depois de o STF entender que os bancos estão sujeitos à incidência do código de defesa do consumidor, logo de todo o arsenal normativo da sua proteção coletiva<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn9" name="_ftnref9" style="mso-footnote-id: ftn9;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[9]</span></span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Esse cenário chama a atenção. Investigada a sua causa, conclui-se que está estritamente relacionada à questão constitucional objeto do RE, admitido ou não. Em todos os acórdãos, a controvérsia girou em torno da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">legitimidade ativa de quem promovia a ACP</i>: em 9 casos debateu-se a legitimidade do Ministério Público, em 3 de Associação e em 2 de Sindicato; outros assuntos foram debatidos, cada qual em 1 caso, sempre em conjunto com o problema da legitimidade ativa: o problema da lei pré-constitucional em controle difuso; a violação dos postulados da defesa; a competência da Justiça do Trabalho em assunto de segurança, ambiente e condições de trabalho; o desrespeito à reserva de plenário (art. 97 CF); e o direito intertemporal em relação ao CDC. Em apenas dois casos<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn10" name="_ftnref10" style="mso-footnote-id: ftn10;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[10]</span></span></span></span></a>, o debate sobre a legitimidade ativa foi favorável aos interesses bancários, nos demais o STF reafirmou o poder de atuação dos legitimados ativos de manusearem a ACP para a defesa coletiva de direitos e interesses afetados - do ponto de vista autoral - por serviços bancários ou por condições inadequadas de trabalho de seus empregados.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Ao analisar todos os casos, procuramos “‘reconstruir’ o direito do caso” (LORENZETTI, 2009) analisado a partir da observação das razões de decisão. Isso nos permitiu identificar os sentidos normativos com base nos quais o STF concluiu por admitir ou não o RE; os sintetizamos na expressão <i style="mso-bidi-font-style: normal;">normas jurisprudenciais processuais constitucionais concretas </i><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn11" name="_ftnref11" style="mso-footnote-id: ftn11;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[11]</span></span></span></span></a>. São elas:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<ul>
<li><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">MP é parte legítima para ajuizar ACP, na defesa do patrimônio público, com o fim de obter a nulidade de ato do poder público que autoriza o Banco a conceder empréstimo atrelado a benefício fiscal<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn12" name="_ftnref12" style="mso-footnote-id: ftn12;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[12]</span></span></span></span></a>;<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
</li>
<li><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">ACP é meio adequado para declarar, na via incidental, a incompatibilidade do direito pré-constitucional com a Constituição vigente quando a declaração configurar tão-somente a causa de pedir da ação<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn13" name="_ftnref13" style="mso-footnote-id: ftn13;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[13]</span></span></span></span></a>;<o:p></o:p></span></div>
</li>
<li><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">MP é parte legítima para ajuizar ACP para a defesa de direitos difusos e coletivos no âmbito trabalhista<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn14" name="_ftnref14" style="mso-footnote-id: ftn14;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[14]</span></span></span></span></a>;<o:p></o:p></span></div>
</li>
<li><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">MP é parte legítima para ajuizar ACP para a defesa de direitos individuais homogêneos, quando demonstrada a relevante natureza social<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn15" name="_ftnref15" style="mso-footnote-id: ftn15;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[15]</span></span></span></span></a>; <o:p></o:p></span></div>
</li>
<li><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Para simples reexame dos autos, com a finalidade de verificar as circunstâncias de configuração dos interesses coletivos dos sindicalizados como justificação da legitimidade ativa do sindicato para ajuizar ACP, não cabe RE<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn16" name="_ftnref16" style="mso-footnote-id: ftn16;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[16]</span></span></span></span></a>;<o:p></o:p></span></div>
</li>
<li><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Controvérsia pertinente à legitimidade de associação para propor ACP é matéria infraconstitucional por ser circunscrita à interpretação da Lei 7.347/85<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn17" name="_ftnref17" style="mso-footnote-id: ftn17;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[17]</span></span></span></span></a>, logo a ofensa a preceito constitucional adviria de forma indireta e reflexa;<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
</li>
<li><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Decisão judicial em ACP que aplica o CDC antes da sua vigência pode ser desafiada por RE<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn18" name="_ftnref18" style="mso-footnote-id: ftn18;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[18]</span></span></span></span></a>;<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
</li>
<li><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">O inciso III do artigo 8º da CF/88 estabelece a legitimidade dos sindicatos para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais homogêneos dos integrantes de categoria que representam desde a fase de conhecimento até a de liquidação e execução de créditos reconhecidos aos trabalhadores<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn19" name="_ftnref19" style="mso-footnote-id: ftn19;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[19]</span></span></span></span></a>.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></b></span></div>
</li>
</ul>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 7.1pt; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Como já dito, o mais importante não é o rol em si, mas a forma e estrutura argumentativas das decisões<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn20" name="_ftnref20" style="mso-footnote-id: ftn20;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[20]</span></span></span></span></a> em que foram construídas essas normas, como o STF operou as referências textuais, como exercitou o raciocínio judicial aplicado para formular as normas, e se os argumentos usados são corretos do ponto de vista da teoria da argumentação jurídica. Pela brevidade do estudo, essa análise não será aqui realizada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #215868; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Conclusão <o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">A identificação das 8 <i style="mso-bidi-font-style: normal;">normas jurisprudenciais processuais constitucionais concretas </i>é<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>um instrumento de técnica processual importante ao deliberar as estratégias postulatórias constitucionais em vista da solução mais satisfatória de casos concretos que têm em comum a pertinência a um dado setor econômico regulado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Tais normas podem nortear os próximos RE´s em outras ACP´s. É certo que, nesse caso, não são dotadas de efeito vinculante, mas, seguramente, de efeito argumentativo persuasivo. O RE que estiver em linha com elas certamente será admitido e provido; do contrário, há grande possibilidade de não ser conhecido ou negado seguimento monocraticamente (artigo 557 do CPC). Para que isso não ocorra, ou seja, para a derrotabilidade dessas normas, é preciso analisar as razões justificativas que as construíram e trabalhar novos argumentos metodologicamente articulados para alterar a linha jurisprudencial ou dela distinguir-se.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt;">Quem entende que o ato de decisão é totalmente randômico, acredita que inexiste padrão argumentativo. Não acreditamos nisso. A racionalidade decisória pode formar padrões segundo a racionalidade aplicada pelo julgador. A constância da forma e da estrutura dos argumentos usados poderia confirmar os padrões ao longo do tempo. Logo, abstraí-los é oferecer ao advogado um controle racional da argumentação do julgador com consistentes resultados de previsibilidade decisória. Esse estudo chama a atenção para isso. <o:p></o:p></span></div>
<div clear="all" style="mso-element: footnote-list;">
</div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<hr align="left" size="1" width="33%" />
</div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[1]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-size: x-small;"> Na ciência estatística, população “é o conjunto de elementos portadores de pelo menos uma característica comum de interesse para ser estudada estatisticamente” (COSTA, 2011, p. 2). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[2]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-size: x-small;"> Para efeito desse estudo, jurisdição constitucional estrita está ligada a ideia de complexo de ritos jurisdicionais tendentes a uma decisão judicial em controle de constitucionalidade.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[3]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-size: x-small;"> Amostragem “é o estudo de uma população com base em uma parte representativa da mesma, isto é, com base numa amostra” (COSTAS, 2011, p. 3).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref4" name="_ftn4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[4]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-size: x-small;"> “A Estatística é a ciência que estuda um determinado tipo de fenômeno: os fenômenos coletivos ou de massa” (COSTA, 2011, p. 1). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref5" name="_ftn5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[5]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-size: x-small;"> Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/pesquisarJurisprudencia.asp>. Acesso em: 01/02/2013.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref6" name="_ftn6" style="mso-footnote-id: ftn6;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[6]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"> Considerando que o campo de “pesquisa de jurisprudência” </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT-BR;">é</span><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"> um banco de dados de decisões selecionadas, acessá-lo não garante o contato com toda a população. Por isso, a amostragem praticada não é probabilística. Porém, não é </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT-BR;">a </span><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';">pretensão da pesquisa estabelecer probabilidades, mas apenas delimitar, metodologicamente, um universo de casos</span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT-BR;"> que podem ser individualmente analisados</span><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"> (COSTA, 2011, p. 14). Como a “pesquisa de jurisprudência” do STF leva em conta o grau de relevância das decisões escolhidas, acredita-se que a amostra bem representa a população analisada.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref7" name="_ftn7" style="mso-footnote-id: ftn7;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[7]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-size: x-small;"> EDRE 395.384; RE 210.029.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref8" name="_ftn8" style="mso-footnote-id: ftn8;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[8]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-size: x-small;"> AgRAI 779.438; EDRE 395.384.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref9" name="_ftn9" style="mso-footnote-id: ftn9;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[9]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-size: x-small;"> ADIn 2.591.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref10" name="_ftn10" style="mso-footnote-id: ftn10;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[10]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-size: x-small;"> EDRE 395.384 e AgRAI 779.438.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref11" name="_ftn11" style="mso-footnote-id: ftn11;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[11]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"> Essa expressão tem inspiração na “norma de decisão” de Friedrich Müller</span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT-BR;"> (2008; 2009)</span><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';">.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref12" name="_ftn12" style="mso-footnote-id: ftn12;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[12]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-size: x-small;"> AgRRE´s 547.532 e 586.705.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref13" name="_ftn13" style="mso-footnote-id: ftn13;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[13]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"> AgR</span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT-BR;">ED</span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"> </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT-BR;">RE 633.195</span><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';">.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref14" name="_ftn14" style="mso-footnote-id: ftn14;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[14]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"> AgR</span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT-BR;">AI´s 672.453 e 416.463; RE 210.029; AgRRE 394.180.</span><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref15" name="_ftn15" style="mso-footnote-id: ftn15;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[15]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"> AgR</span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT-BR;">ED</span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"> </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT-BR;">RE 633.195; AgRAI´s 737.104 e 566.253; AgRRE´s 547.532 e 586.705, RE 441.318</span><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';">.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref16" name="_ftn16" style="mso-footnote-id: ftn16;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[16]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"> AgR</span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT-BR;">AI 779.438</span><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';">.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref17" name="_ftn17" style="mso-footnote-id: ftn17;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[17]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"> </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT-BR;">AgRAI 566.253; AgRRE 366.064.</span><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref18" name="_ftn18" style="mso-footnote-id: ftn18;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[18]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"> </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT-BR;">EDRE 395.384. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref19" name="_ftn19" style="mso-footnote-id: ftn19;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[19]</span></span></span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"> </span><span style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT-BR;">RE 210.029.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="mso-element: footnote;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref20" name="_ftn20" style="mso-footnote-id: ftn20;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><span style="font-size: x-small;">[20]</span></span></span></span></span></span></a><span lang="X-NONE" style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-size: x-small;"> “Um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">argumento</i> se compõe das proposições elaboradas para sustentar uma proposição e pertencem a uma forma de argumento”; “A expressão ‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">forma de argumento</i>’ define a estrutura de uma proposição feita pelo falante (C) juntamente com as proposições (D e W) pressupostas para a sustentação desta proposição”; “A expressão ‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">estrutura do argumento</i>’ se refere às relações lógicas entre vários argumentos de um determinado falante” (ALEXY, 2005, p. 110). <o:p></o:p></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14573858474979024494noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8435675857593141070.post-68239702202462485812012-10-11T13:18:00.003-07:002012-10-16T09:08:15.592-07:00Argumentos econômicos dominam a modulação dos efeitos<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">A prática da modulação dos efeitos da decisão de declaração de inconstitucionalidade depende menos das opções teóricas de princípios e mais de considerações de conveniência econômica. Essa é a conclusão de importante estudo desenvolvido pela pesquisadora Soraya Lunardi </span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">(2009, p. 105-119)</span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><o:p><div align="justify" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div align="justify" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a name='more'></a></span></div>
<div align="justify" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div align="justify" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
</div>
</o:p><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">A modulação dos efeitos é aplicada, excepcionalmente, pelo STF para flexibilizar a regra rígida da nulidade normativa. É uma válvula de segurança da efetividade do controle de constitucionalidade, com a qual o STF possibilita a adequação da sua decisão de pronunciamento da inconstitucionalidade à realidade social por ela afetada. Em detrimento do rigor teórico da consequência do vício de inconstitucionalidade (aqui no Brasil, a nulidade), o STF calibra os sérios efeitos desencadeados pela extirpação da norma do sistema jurídico. Essa técnica está positivada nos artigos 27 da Lei 9.868/99 e 11 da Lei 9.882/99.<o:p></o:p></span> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com o objetivo de investigar “a influência de considerações econômicas na modulação dos efeitos das decisões de controle de constitucionalidade abstrato no Brasil”, Lunardi investigou de 12 decisões</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span></span></span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">. É uma amostra selecionada a partir de uma busca dirigida no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">site</i> do STF de decisões em controle abstrato de constitucionalidade em que se aplicou o art. 27 da Lei 9.868/99. A pesquisadora investigou as “razões-motivações” que levaram ao STF a modular os efeitos de suas decisões. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esse estudo quantitativo empírico não está a salvo do erro de inferência, pois não se tem uma precisão do número de decisões modulatórias já proferidas, de tal sorte que a amostra particular pode não ser uma representação invariável de toda a população. Contudo, tal incerteza é inerente a todo método estatístico, e não invalida os dados e as conclusões alcançadas sobre a prática da modulação dos efeitos no Brasil. Não impede que os resultados possam ser testados em amostragem maior.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em apertada síntese, elencamos os dados colhidos pela pesquisa. São ilações comuns a todos os casos a partir da análise das “razões-motivações” das decisões:</span></span></div>
<ul>
<li><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Argumentos ligados a fatos consumados e projeções sobre as consequências da declaração de inconstitucionalidade são operados por uma perspectiva pragmática;</span></span></div>
</li>
<li><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Esses argumentos predominam a preocupação com o impacto social da declaração da inconstitucionalidade com efeito retroativo (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ex tunc</i>);</span></span></div>
</li>
<li><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">F</span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">atos econômicos são trabalhados, de forma indireta ou direta, nas razões de decisão (a favor ou contra), com a característica de se referirem às repercussões social-econômicas do efeito retroativo; daí a sua característica consequencialista;</span></span></div>
</li>
<li><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Fatos econômicos consequencialistas são valorados segundo os parâmetros de “segurança jurídica” e “excepcional interesse social” – pressupostos normativos justificativos da modulação;</span></span></div>
</li>
<li><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Esses fatos também são valorados pelo viés principiológico da segurança jurídica quando a modulação se dá em razão da demora na prestação jurisdicional, isso se tornou muito evidente nos casos envolvendo a criação de municípios;</span></span></div>
</li>
<li><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Por fim, a pesquisadora infere que: “Não encontraremos em seus votos referências a pesquisas empíricas, a estatísticas ou a outras formas de levantamento de dados de maneira metodologicamente controlada. Os Ministros entendem como ‘fatos’ máximas de experiência, suposições lógicas ou lembranças pessoais”;</span></span></div>
</li>
<li><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Ou seja, os problemas de segurança jurídica e de interesse social são analisados sem pesquisa empírica específica. Sobre esse dado, inferimos que o STF não realiza um juízo probatório acerca dos fatos econômicos, o que demanda uma racionalidade específica, propriamente dirigida para a evidência e a confirmação de fatos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
</li>
</ul>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa última inferência é sobejamente preocupante. Não pode ser um estímulo à precariedade argumentativa dos operadores do direito. Se os fatos econômicos consequencialistas são condicionantes à configuração da segurança jurídica e ao excepcional interesse social para justificar a modulação dos efeitos, então a melhor estratégia argumentativa manda operá-los, no âmbito da argumentação jurídica, com metodologia adequada à racionalidade fático-probatória. Do contrário, o pedido de modulação não passará de pretensão infundada, e isso dificultará o deferimento, e a decisão modulatória de intuicionismo da repercussão econômica prejudicial, o que deve ser repelido pela Justiça Constitucional.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">10.10.12 - 2ª Sinopse</span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="mso-element: footnote-list; text-align: justify;">
</div>
<div style="mso-element: footnote-list; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="mso-element: footnote-list; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><hr align="left" size="1" width="33%" />
</span></div>
<div style="mso-element: footnote-list; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-element: footnote; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[1]</span></span></span></span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> ADIn´s: 2.240, 2.501, 2.907, 3.022, 3.316, 3.458, 3.489, 3.615, 3.660, 3.689, 3.756, 3.819.</span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14573858474979024494noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8435675857593141070.post-84610633605897531232012-08-16T18:16:00.000-07:002012-09-05T07:11:18.079-07:00Repercussão geral em controvérsias empresariais tributárias<div class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entre 21.10.2010 e 15.10.2011, analisamos 35 processos subme</span><a href="http://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a><span style="color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">tidos ao STF que tiveram a repercussão geral reconhecida. Até esse período, o STF havia reconhecido um total de 125 repercussões gerais. Logo, a análise envolve 24,37% das decisões de reconhecimento</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">[1]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #444444; font-size: x-small;">.</span></span></span><br />
<br />
<span style="color: #444444;"><a name='more'></a></span></div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #444444;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Todos os casos analisados identificam controvérsias constitucionais de cunho empresarial; ou seja, problemas constitucionais que afetam, diretamente, mas não necessariamente de forma exclusiva, a empresa (toda a atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços).</span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Objetivamos detectar a quantidade de casos em que a repercussão geral reconhecida trata de controvérsias constitucionais empresariais em matéria tributária.</span></span></span>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Detectamos a presença dessa controvérsia em 26 dos 35 casos analisados</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">[2]</span></span></span></span></span></a><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #444444;"><span style="font-size: x-small;">,</span> o que totaliza 74,29%. Os demais casos envolvem controvérsias atinentes a outras áreas do direito, como o administrativo (1), trabalho </span></span></span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #444444;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">(1)</span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">, processo legislativo </span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">(1)</span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">, consumidor </span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">(4)</span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">, concorrencial </span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">(1)</span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;"> e comercial </span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">(1)</span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">. Aquele percentual representa 20,80%, agora considerando a totalidade das repercussões gerais já reconhecidas (125).</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjARK4B8ToFNz5rFb7-_jf-lumqZ7QAH_YUwveVcQO1iwLC2LRzVlGp_pQgnGv96PHS93RYmIQoc-YYYLPcQMOUhQ5W_6c9GemEyvfPmt5trp_d5181rU7hzof4Kc8u3U3WpLjpsEuzIet7/s1600/Sinopse+3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" hea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjARK4B8ToFNz5rFb7-_jf-lumqZ7QAH_YUwveVcQO1iwLC2LRzVlGp_pQgnGv96PHS93RYmIQoc-YYYLPcQMOUhQ5W_6c9GemEyvfPmt5trp_d5181rU7hzof4Kc8u3U3WpLjpsEuzIet7/s1600/Sinopse+3.png" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span><span style="color: #444444;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">A esmagadora maioria de casos de repercussão geral em matéria tributária indica um significativo ativismo do Supremo nessa seara, e, por conseguinte, revela uma propensão de repetição em outros casos a serem ainda analisados. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Não é mera coincidência. A própria lógica do debate tributário, porque envolve em geral a imposição de um tributo, naturalmente faz com que a discussão sobre a sua validade afete, inevitavelmente, um número indeterminado de pessoas (transcendência) e acarrete um impacto econômico, de pronto, na sociedade, com a decisão que o declare inconstitucional. Portanto, as controvérsias tributárias, por sua própria natureza, são as que, facilmente, atendem à lógica do instituto da repercussão geral. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Essa percepção fica muito clara em uma das decisões. Na RG 4, o Min. Marco Aurélio afirma que a controvérsia constitucional de “natureza eminentemente tributária”, decorrente de “a Corte de origem haver declarado a inconstitucionalidade de lei federal”, porque alcança “grande número de contribuintes no País”, deve ser qualificada como de repercussão geral. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #444444;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Nesse caso, as razões de decisão se apoiam no </span><span style="mso-fareast-font-family: 'Arial Unicode MS';">argumento <i style="mso-bidi-font-style: normal;">de autoridade</i>, o qual enuncia uma <i style="mso-bidi-font-style: normal;">regra ou padrão (pretoriano) de reconhecimento da repercussão geral que o próprio Supremo estabelece para ele mesmo seguir e, por conseguinte, todos os jurisdicionados</i>. A prática reiterada desse argumento acaba por consolidar o entendimento juridicamente vinculante de que basta a controvérsia constitucional ser de “natureza eminentemente tributária”, por decisão inferior de inconstitucionalidade da lei federal instituidora da obrigação tributária, para ser qualificada como de repercussão geral.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span><span style="color: #444444;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span><span style="color: #444444;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><br /><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></span><span style="color: #444444;"><hr align="left" size="1" width="33%" />
</span></div>
</div>
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">[1]</span></span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #444444;"> <span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri;">Essa pesquisa foi extraída do estudo denominado “repercussão geral: uma análise empírica dos argumentos de reconhecimento”, ainda não publicado, de Renato Herani.</span></span></span></span><br />
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8435675857593141070#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">[2]</span></span></span></span></span></a><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"> Analisadas: RG´s 4, 33, 63, 80, 123, 210, 227, 296, 299, 322, 323, 324, 325, 326, 329, 337, 344, 346, 349, 352, 363, 372, 379, 381, 382, 391, 430, 437, 456, 470, 475, 479, 487, 488, 490. Controvérsias em matéria tributária: RG´ 4, 63, 80, 227, 296, 299, 322, 323, 324, 325, 326, 329, 337, 344, 346, 363, 372, 379, 382, 391, 437, 456, 470, 475, 487, 490. </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<span style="color: #444444; font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14573858474979024494noreply@blogger.com0